Tudo que eu posso dizer do Terrence Malick depois de ter assistido à “A árvore da vida” é: he is such a believer. E definitivamente o júri do Festival de Cannes has chosen the path of grace.
O filme narra duas histórias em paralelo. A de uma típica família americana da década de 50 do século passado dividida entre a religião (a mãe) e a ordem (o pai), principalmente depois da morte de um dos filhos; e a trajetória de alma que vaga do filho mais velho, vivido na idade adulta por Sean Penn, que questiona o significado da vida, da existência e da fé a partir de suas carências infantis. O pano de fundo da (s) história (s) é a descoberta da natureza — em toda a sua forma e existência divina — e a relação dos seres humanos com as distintas manifestações de (e da falta de) espiritualidade. Filme totalmente incrível, daqueles de nos fazer pensar por horas depois de deixar a sala de cinema. Eu fiquei completamente mareada, transtornada, por umas boas três horas.
Helena Sroulevich